quarta-feira, 24 de março de 2010

Vazamento do Exxon Valdez faz 21 anos

O acidente do navio petroleiro Exxon Valdez, nos Estados Unidos, completa hoje a maioridade não como um dos maiores vazamentos de petróleo da história, e sim como um dos mais emblemáticos.
No dia 24 de março de 1989 a embarcação naufragou no Estreito de Prince William, e causou um derramamento de 40 milhões de litros de petróleo cru, que se espalhou rapidamente por cerca de 28 mil quilômetros quadrados de oceano e mais de 2000 quilômetros da costa do Alasca, e causou uma verdadeira carnificina na fauna local, com a morte de centenas de milhares de aves marinhas, focas e lontras, entre outros animais. As imagens de animaizinhos e praias cobertos por uma gosma preta invadiram o noticiário e alertaram para os riscos ambientais da exploração de petróleo no Ártico. Os esforços para recolhimento e limpeza do óleo duraram três anos e mobilizaram 11.000 pessoas, mas as conseqüências ambientais e a batalha jurídica duram até hoje.

Duas décadas mais tarde, ainda restam 95 mil litros de óleo na região, a maior parte debaixo da terra, segundo um estudo publicado em janeiro na revista Nature Geoscience. A baixa permeabilidade do solo e a falta de oxigenação do mar na região seriam as responsáveis por esse fenômeno, já que a expectativa era que o óleo se degradasse em alguns anos.

Cientistas seguem indecisos se é necessário descontaminar o que resta – alguns acreditam que o melhor seria deixá-lo como está. “De um ponto de vista ambiental, não há preocupação – desde que o petróleo fique onde está,” disse o ecólogo sueco Olof Linden, da Universidade Marítima Mundial, à revista New Scientist. Outros se preocupam com o risco que correm animais marinhos como lontras, que buscam seu alimento no fundo do mar.

A ExxonMobil, dona do cargueiro, desembolsou mais dois bilhões de dólares para limpar os trechos de costa contaminados, 300 milhões em indenizações para pescadores e habitantes locais, além de 900 milhões em processos penais dos governos dos Estados Unidos e do Alasca. No ano passado, uma ação civil de mais 30.000 vítimas do vazamento, que pedia 5 bilhões em indenizações, chegou à Suprema Corte americana, que julgou o valor excessivo e o reduziu a 500 milhões de dólares.

O vazamento do Exxon Valdez trouxe várias lições. A indústria petroleira teve que rever suas práticas, adotando navios-tanque e procedimentos mais seguros, já que o acidente foi causado por uma sucessão de erros de sua tripulação. Também foi uma boa oportunidade para a comunidade científica aprender como lidar com desastres ambientais – hoje, avalia-se que boa parte dos métodos de descontaminação usados em 1989 são mais danosos do que simplesmente deixar o próprio ecossistema lidar com o óleo sozinho, e novas tecnologias foram desenvolvidas.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Morte e vida das matas ciliares e do leito do Rio Paraíba do Sul

Atravessando uma das regiões mais urbanizadas e industrializadas do País, o Rio Paraíba do Sul sofre com despejo do esgoto sanitário sem tratamento (apenas cerca de quatro por cento do volume total, estimados 1,0 bilhão de litros/dia) e rejeitos de grandes empresas.


A realização do Seminário de reflorestamento de matas ciliares das Bacias Hidrográficas Fluminenses e do Rio Paraíba do Sul, presidido no Rio de Janeiro pela Ministra Marina Silva, foi uma oportunidade para analisar a questão da preservação das bacias hidrográficas fluminenses, principalmente a do Rio Paraíba do Sul. O Seminário debateu a urgência do manejo efetivo das bacias que banham uma das mais desenvolvidas áreas industriais do País, e que se encontram degradadas por efluentes domésticos e industriais, lixões, desmatamentos, erosões, uso indevido e não controlado de agrotóxicos e a falta de consciência ambiental.


O estudo, feito a partir de imagens satélites, é resultado da parceria da CI-Brasil com a ONG Oréades, que tem sede em Mineiros (GO). O exemplo histórico de Dom Pedro II, do Major Archer e do grupo de escravos responsáveis pelo reflorestamento do Maciço da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, nos idos do Século XIX, quando já havia o comprometimento do fornecimento de água para a população carioca, resultando tal empreitada nessa que é hoje a maior floresta urbana do mundo, patrimônio e orgulho de todos os brasileiros, serve muito bem para o que se pretende em relação ao reflorestamento e à recomposição das matas ciliares das Bacias Hidrográficas Fluminenses e do Rio Paraíba do Sul.

Nesse sentido, se faz necessário implementar uma campanha que envolva toda a sociedade e as mais diferentes instâncias do poder público, municipal, estadual e federal, em prol da recuperação de nossos rios, haja vista a situação crítica dos mesmos, que vem comprometendo o fornecimento de água para as populações e para as atividades econômicas.

O desastre ambiental provocado pela Cia. Cataguazes foi apenas um momento crítico de uma poluição que é crônica e que se soma ao quadro de escassez cada vez maior dos recursos hídricos, num cenário apontado pelo Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul - CEIVAP, como catastrófico. Não é possível que prossigamos a destruir a “fonte de vida”, a desmatar as florestas protetoras de nossos mananciais, a “depilar” os cílios de nossos olhos d’água, a poluir com lixo e esgoto nossas bacias hidrográficas, comprometendo o solo, o subsolo, os lençóis freáticos e aqüíferos, comprometendo a vida em sua essência e equilíbrio natural, e por conseqüência os mares, atingindo até a profundeza dos oceanos. É fundamental iniciar a reversão desse quadro terrível que herdamos em um estado terminal e que não podemos legar às novas e futuras gerações.

Estamos a exatamente 500 anos do início da exploração desta região sudeste, pioneira na ocupação do território brasileiro, e da América Latina, a partir da primeira feitoria edificada por Américo Vespúcio, no litoral Norte do Estado do Rio de Janeiro, para a exploração do “pau-brasil”, iniciando-se assim o ciclo econômico que veio a nominar estas terras e seu povo, mas que teve impactos profundos na devastação da Mata Atlântica pondo o “pau-brasil” (eaesalpina echinata) em risco de extinção.

Assim foram os subseqüentes ciclos econômicos, notadamente o da cana-de-açúcar, do sal, da mineração, da agropecuária, da pesca, da industrialização, do turismo e o do petróleo, vez que a ocupação, a urbanização e o desenvolvimento do Brasil se deu a partir da faixa litorânea, sobre o bioma da Mata Atlântica.

Em seu livro “Cidades Mortas” de 1919, Monteiro Lobato retrata a decadência das cidades ao longo do Vale Rio Paraíba do Sul ao fim do Ciclo do Café. Diz Lobato que a vitória do “Rei Café” havia sido uma vitória de Hunos, que significara o “arrasamento” de tudo. A agropecuária sucedeu o café e prosseguiu desmatando, eliminando as florestas, deixando pastos sujos, cupinzeiros, voçorocas e assoreamentos.

Com a industrialização o Vale do Paraíba passou a sofrer com a poluição do ar e do rio que o atravessa. O Paraíba do Sul e seus afluentes formam a principal bacia hidrográfica do Estado do Rio de Janeiro, sendo das mais importantes também para São Paulo, recebendo águas de bacias contribuintes do Estado de Minas Gerais, fornecendo água potável para milhões de pessoas, além de milhares de indústrias, diversas usinas hidrelétricas e inúmeras propriedades rurais.

Atravessando uma das regiões mais urbanizadas e industrializadas do País, o Rio Paraíba do Sul sofre com despejo do esgoto sanitário sem tratamento (apenas cerca de quatro por cento do volume total, estimados 1,0 bilhão de litros/dia) e rejeitos de grandes empresas.

A crítica situação do Rio Paraíba do Sul vem sendo denunciada desde 1970, com esforços da sociedade organizada para salvar essa importante bacia hidrográfica. O alerta soou há muito e a sociedade está se envolvendo na questão da conservação dos recursos hídricos.

Nesse sentido é que coincidem as providenciais campanhas da CNBB “Água, fonte de vida”, da Campanha da Fraternidade de 2004, da FIRJAN, “Pela Conservação e contra o Desperdício”, da Petrobrás, o “Programa Ambiental” de 40 milhões de Reais, com o tema “Águas”, o expressivo comprometimento da sociedade civil organizada no “Movimento Nacional Cidadania pelas Águas” e o “Programa Água Doce” do Governo Federal para atender o Semi-árido.

Temos por paradigma o Programa de Restauração das Matas Ciliares das Bacias Hidrográficas no Estado do Rio Grande do Sul, o “Mutirão de Municípios para a Defesa das Matas Ciliares Paranaenses”, iniciativas semelhantes do Governo do Estado de São Paulo, bem como experiências exitosas da Fundação SOS Mata Atlântica.

Seminário
Discutiu o processo de expansão humana no entorno de ambientes ribeirinhos e, apontou a drástica redução da vegetação ciliar das áreas e propôs o reflorestamento delas em ações integradas pelo IBAMA do Rio, de Minas e de São Paulo, do MMA, da ANA, do CEIVAP, e pela sociedade civil organizada.

A execução preliminar do Programa de Recomposição de Matas Ciliares nas Bacias Hidrográfica, lançado pelo IBAMA é coberta pelos recursos derivados do “Plano de Conversão de Multas” aplicadas pelo IBAMA.

A manutenção das atividades de correção ambiental depende, em grande parte, do significativo arco de parcerias que o órgão almejou alcançar no encontro.

Os temas propostos para debate foram agrupados em 8 painéis: 1) Políticas públicas para as bacias hidrográficas; 2) Panorama sobre os Comitês de Bacias; 3) Cenários para a gestão integrada de águas e florestas na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul; 4) Recuperação de matas ciliares e gestão rural; alternativas de uso sustentável: 5) Remuneração de serviços ambientais e experiências agro-florestais; 6) Aspectos legais e políticas do reflorestamento; 7) Jardim Botânico, florestas nacionais, viveiros e hortos a serviço do reflorestamento de matas ciliares; e, 8) O papel da educação ambiental no Programa de Recomposição de Matas Ciliares nas Bacias Hidrográficas.

É preciso e urgente iniciar a recuperação das bacias hidrográficas, que se superem os obstáculos burocráticos e que se consiga a adesão de toda a sociedade para este Programa. Para tanto, se busca congregar os mais diversos órgãos públicos, instituições de ensino e pesquisa e da sociedade civil organizada que se encontram envolvidas na gestão de recursos hídricos e florestais, para somar esforços e formatar de modo consistente um planejamento que é necessariamente custoso e de longo prazo.

Jararaca (Bothrops moojeni)

Classe: Reptilia

Ordem: Squamata

Família: Viperidae

Nome científico: Bothrops moojeni

Nome vulgar: Jararacão

Categoria: Indeterminado

Características físicas: costuma ter a cor mais clara que outras jararacas. O desenho do dorso pode formar triângulos ou arcos escuros azuis, margeados de branco, com o vértice atingindo o fio das costas. Apresenta grande variação da tonalidade numa mesma ninhada (polimorfismo). Tem fosseta loreal e a fêmea apresenta a cauda mais curta que a do macho. Alcança até 1,50m de comprimento

Alimentação: pequenos mamíferos, aves, lagartos, serpentes e anfíbios.

Biologia e comportamento social: com hábitos noturnos e terrestres, esconde-se em tocas e troncos ocos. Os filhotes têm uma dieta ampla e para capturar diferentes presas dispõem de uma armadilha eficiente: abanam a ponta da cauda que, como se fosse uma isca, acaba atraindo anfíbios e lagartos que rapidamente são mortos.

Reprodução: vivípara, tem uma única ninhada por ano. No início da estação chuvosa, após quatro meses de gestação, costumam nascer de 12 a 14 filhotes, mas esse número pode ser superior.

Predadores: muçurana (Clelia sp.), gambás, gaviões, cachorro-do-mato e lobo-guará.

Longevidade: média de 15 anos.

Habitát: Habitam campos e cerrados.


Fonte parcial: Guia Ilustrado de Animais do Cerrado de Minas Gerais. 2.° edição. CEMIG. Editare Editora.2003

sexta-feira, 19 de março de 2010

Glossário Vegetal com a letra V

Vegetação. (1) Conjunto de vegetais que ocupam uma determinada área; tipo da cobertura vegetal; as comunidades das plantas do lugar; termo quantitativo caracterizado pelas plantas abundantes (GOODLAND, 1975). (2) Quantidade total de plantas e partes vegetais como folhas, caules e frutos que integram a cobertura da superfície de um solo. Algumas vezes o termo é utilizado de modo mais restrito para designar o conjunto de plantas que vivem em determinada área (CARVALHO, 1981). (3) Conjunto de plantas e associações vegetais.

Vegetação de excepcional valor paisagístico. Vegetação existente nos sítios considerados de excepcional valor paisagístico em legislação do Poder Público Federal, Estadual ou Municipal (Resolução CONAMA 010/93).

Vegetação em regeneração. O mesmo que vegetação secundária (Resolução CONAMA 010/93).

Vegetação nativa no estágio avançado de regeneração. Formação denominada capoeirão, onde a composição florística dominante é composta por uma mistura dos gêneros Meliaceae, Bombacaceae, Tiliaceae, entre outras, que apresentam idade em torno de 20 a 50 anos, altura variando entre 20 a 30 metros, sendo que algumas alcançam 50 metros, formando um dossel heterogêneo, incluindo coroas bastante largas e um estrato relativamente escasso, incluindo espécies tolerantes onde o número de espécies e o tempo de vida dominante, inicialmente é de 40 a 100 anos ou mais (Portaria Normativa IBAMA 84/91).

Vegetação nativa no estágio inicial. Formação pioneira onde a composição florística dominante é composta pelos gêneros Cecropia, Trema, entre outras, que apresentam a idade em torno de 1 a 3 anos, altura variando entre 5 a 8 metros, formando um dossel denso, homogêneo e um estrato baixo emaranhado com poucas espécies arbóreas onde o número oscila entre 1 e 5 espécies, tendo um tempo de vida das espécies dominantes muito curto, menos de 10 anos (Portaria Normativa IBAMA 84/91).

Vegetação nativa no estágio médio de regeneração. Formação denominada capoeira, onde a composição florística dominante é composta pelos gêneros Cecropia, Trema, Heliocarpus, entre outras, que apresenta idade de 5 a 15 anos, altura variando entre 15 a 20 metros, formando um dossel com ramificação vertical, com coroa horizontal e um estrato baixo e denso, com freqüência variável de espécies herbáceas, onde o número de espécies arbóreas é pouca, variando de 1 a 10 espécies, e o tempo de vida das dominantes é curto, de 10 a 25 anos (Portaria Normativa IBAMA 84/91).

Vegetação natural. Floresta ou outra formação florística com espécies predominantemente autóctones, em clímax ou em processo de sucessão ecológica natural (Resolução CONAMA nº 04 de 18.09.85).

Vegetação primária. (1) Vegetação de máxima expressão local, com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimas, a ponto de não afetar significativamente suas características originais de estrutura e espécies (Resolução CONAMA 010/93). (2) Vegetação que evolui sob as condições ambientais reinantes do renascimento de plantas após a destruição ou retirada total ou parcial da vegetação primária ou original.

Vegetação remanescente de Mata Atlântica. Totalidade de vegetação primária e secundária em estágio inicial, médio e avançado de regeneração (Resolução CONAMA 003/96).

Vegetação secundária ou em regeneração. Vegetação resultante de processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária (Resolução CONAMA 010/93).

Vegetais intermediários. Cormófitos. Não desenvolvem sementes nem apresentam flores.

Vegetais superiores. Vegetais que formam sementes e apresentam flores, que são órgãos de reprodução.


Fonte:http://www.ambientebrasil.com.br

Pesquisador avalia espécie de madeira plantada para reduzir exploração da Floresta Amazônica

Um estudo, desenvolvido por um pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, propõe a utilização do paricá, espécie nativa da Floresta Amazônica, para a redução da exploração da Floresta Amazônica.

O estudo comprova o potencial da madeira laminada colada e pode reduzir a pressão sobre a Floresta. As árvores apresentam de 20 a 30 metros de altura e, aos 15 anos, atinge cerca de 55 centímetros de diâmetro à altura do peito, DAP.
Nas regiões Norte e Centro-Norte, a espécie está sendo utilizada em florestas plantadas, desde a década de 90, sendo utilizada para produção de laminados, compensados, aglomerados e painéis.

O paricá pode ser utilizado também como matéria-prima para o laminado colado, conforme a pesquisa. Tábuas de madeira podem ser unidas longitudinalmente e coladas umas sobre as outras. As peças apresentam maior resistência.

Foram analisados 25 metros cúbicos de paricá que foram doados à UFSC por produtores paraenses. As análises incluíram a caracterização anatômica, física e mecânica da madeira.

Nesta sexta-feira, 19, o pesquisador Rodrigo Figueiredo Terezo apresenta a pesquisa que será defendida em sua tese de doutorado. “Conhecer melhor as propriedades da madeira de paricá de florestas plantadas e sua aptidão para novos produtos da construção civil é uma necessidade. Sendo possível a sua transformação num bem durável, ganha o meio ambiente e a economia regional”, destacou o pesquisador.
*Com informações da UFSC.


Fonte:http://www.ambientebrasil.com.br

Natureza

quinta-feira, 18 de março de 2010

Carrefour elimina uso de sacolas plásticas até 2014

Parceiro do Ministério do Meio Ambiente com a campanha Saco é um Saco, o Carrefour lançou, nesta segunda-feira (15/3), dia mundial do consumidor, em Piracicaba (SP), a primeira loja do Brasil a eliminar o uso sacos plásticos tradicionais. Para substituir, disponibiliza aos cliente caixas de papelão, sacos reutilizáveis e sacolas biodegradáveis. A iniciativa será implantada em todas as lojas da rede, gradativamente, nos proximos 4 anos.

Parceiro do Ministério do Meio Ambiente com a campanha Saco é um Saco, o Carrefour lançou, nesta segunda-feira (15/3), dia mundial do consumidor, em Piracicaba (SP), a primeira loja do Brasil a eliminar o uso sacos plásticos tradicionais. Para substituir, disponibiliza aos cliente caixas de papelão, sacos reutilizáveis e sacolas biodegradáveis. A iniciativa será implantada em todas as lojas da rede, gradativamente, nos proximos 4 anos.

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou da cerimônia em Piracicaba, “esse tipo de ação só é possível porque o consumidor brasileiro está cada vez mais consciente sobre os danos que as sacolas plásticas causam ao meio ambiente”.
Ele anunciou que desde o início da campanha Saco é um Saco, em 5 de junho de 2009, dia mundial do meio ambiente, o brasileiro deixou de utilizar de 600 milhões a 800 milhões de sacolas plásticas.
O Brasil utiliza cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais por ano, segundo estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). “Isso mostra o consumo consciente como instrumento de transformação da sociedade”, ressaltou Minc, ao afirmar que esse tipo de mudança é reflexo da conscientização da empresa e dos consumidores. No entanto, “isso não acontece do dia para noite”.
Minc ainda acredita que haverá uma “imitação saudável” da iniciativa, que deverá ser copiada por outras redes de supermercados. O banimento de sacolinhas plásticas já acontece em vários países, como França e Bélgica.
Para o diretor-superintendente do grupo Carrefour Brasil, Jean-Marc Pueyo, “a eliminação das sacolas plásticas é uma ação decisiva do Carrefour para o meio ambiente”.
A iniciativa é um desdobramento da campanha Saco é um Saco. Para estimular os clientes, o supermercado de Piracicaba vai disponibilizar sacolas retornáveis até o dia 31 de março, além de oferecer caixas.
Para dar alternativa ao consumidor, o Carrefour também vai vender sacolas biodegradáveis em 180 dias. As sacolas tradicionais levam 400 anos para sair do meio ambiente. A renda da venda dessas sacolas biodegradáveis será revertida para o Lar dos Velhinhos.
Os cliente também poderão utilizar caixas de papelão para carregar suas compras. Elas foram colocadas atrás dos caixas para facilitar o uso pelos consumidores.
Como resultado da parceria com o MMA, o Carrefour reduziu o uso de sacolas plásticas em 27 % e vendeu mais de cinco mil sacolas retornáveis. Além disso, a unidade de Piracicaba também coletou 40 toneladas de lixo orgânico, que virou adubo.
Para Minc, a indústria não vai perder mercado se começar a se adaptar à mudança do pensamento do consumidor, que está cada vez mais consciente dos cuidados que deve ter com o meio ambiente para melhorar a qualidade de vida.
O ministro finalizou destacando a necessidade da reutilizar, reaproveitar e reciclar os materiais no lugar de descartar. “Somos a sociedade do descartável. Parece que o meio ambiente é um grande lixo”.

Fonte: http://blog.ambientebrasil.com.br/?p=1595

Em Breve Aquário de Natal

visitem foto Editada do site http://www.aquarionatal.com.br/

Técnicos discutem uso de águas subterrâneas.

Uma reunião realizada na manhã de ontem, no auditório da Caern, discutiu o marco regulatório que o Rio Grande do Norte e o Ceará irão firmar com relação ao uso das águas dos aquíferos Açu e Jandaíra, que abastecem boa parte da população da região Oeste e ainda atendem à demanda da fruticultura e outras atividades econômicas. Em 2003 foi registrada uma redução significativa no volume desses reservatórios subterrâneos, gerando grandes prejuízos à economia. Por isso mesmo, a preocupação em garantir a sustentabilidade das reservas é o objetivo principal do marco.O trabalho da comissão técnica que trata da elaboração do documento se iniciou há um ano e já está em sua 12ª reunião. No encontro dessa quarta-feira, os componentes começaram a avaliação dos estudos feitos pelas empresas Projetecne e Techne. A análise prossegue nesta quinta-feira, quando técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) discutirão os resultados com os demais pesquisadores, especialistas e os representantes das empresas.O aquífero Açu abastece, através de poços, parte de Mossoró, Areia Branca, Grossos, Tibau e Governador Dix Sept Rosado. Já o Jandaíra é utilizado na irrigação de plantas frutíferas, principalmente em Baraúna, e também na fruticultura do Ceará, especialmente nos municípios de Limoeiro do Norte, Russas e Alto Santo. Por enquanto ainda não há dados seguros a respeito do volume de água que pode ser explorado dos dois aquíferos, porém todas essas informações devem ser detalhadas até maio, quando se prevê que o marco regulatório seja publicado. A reserva total, que segundo um estudo de 1982 superava os 17 bilhões de metros cúbicos de água, equivaleria a sete barragens Armando Ribeiro Gonçalves. Porém, a quantidade que pode ser explorada é bem menor, ou o manancial corre o risco de simplesmente secar. O desafio da comissão técnica é chegar a um percentual que permita a utilização dos aquíferos, como fonte de água potável e para usos econômicos, sem comprometer o futuro de ambos. O projeto, que faz parte do Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (Proágua Nacional), financiado pelo Banco Mundial, é considerado uma experiência piloto. Um estudo de 1982, incluído no relatório final do Projeto Água Subterrânea no Nordeste do Brasil (que durou de 2000 a 2004), apontava que o aquífero Jandaíra possuía uma espessura média de 100 metros, totalizando cerca de 6,2 bilhões de m3 de água. Enquanto o Açu teria 70 metros de espessura média e cerca de 10,8 bilhões de m3 de reserva total.

Publicado dia 18 de março de 2010
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br/

MP convoca audiência pública para tratar do emissário submarino

A Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente Gilka da Mata realiza amanhã (19) uma audiência pública na sede da Procuradoria Geral de Justiça para tratar do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) apresentado pela CAERN no caso do Emissário Submarino.Na audiência, que começa às 9h, serão apresentadas as considerações técnicas realizadas pela equipe da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica, da Universidade de São Paulo (USP) sobre o EIA/RIMA.Em outubro do ano passado a CAERN apresentou o resultado final dos estudos ambientais relativos ao sistema de esgotamento sanitário dos Bairros de Ponta Negra, Capim Macio, Cidade Verde e áreas adjacentes. Para a equipe técnica da CAERN a melhor alternativa para solucionar o problema dos esgotos dessa área seria instalação de um emissário submarino para disposição final dos esgotos do sistema. Considerando a complexidade da matéria, o Ministério Público, para firmar o seu posicionamento, encaminhou o resultado do EIA a uma equipe de peritos da USP, conhecida por sua experiência no tratamento da matéria, e propôs questionamentos aos peritos com o objetivo de verificar a segurança ambiental da proposta da CAERN.Como o IDEMA até agora não emitiu nenhum licenciamento de emissário de esgotos sanitários e dado o interesse geral sobre o tema, o Ministério Público decidiu tornar públicas as respostas aos quesitos formulados pela Promotoria de Justiça.

Publicação: 18 de Março de 2010 às 11:25
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.b/

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